quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)

No mesmo espírito de livro antigo com tema futurista (Admirável Mundo Novo é de 1932 e Fahrenheit 451 de 1953), em Fahrenheit 451 temos um futuro onde a "felicidade" reina, mas é claro, tudo tem seu preço.

Fahrenheit 451 é a temperatura em que o papel pega fogo, o que nos leva ao ponto principal do livro, os bombeiros. Mas eles tem uma função diferente neste mundo futurista, eles não mais apagam o fogo, e sim, ateam fogo, queimando os livros. Livros que são uma ameaça a "felicidade", e dessa maneira qualquer um em posse de livros é criminoso. É nesse cenário que encontramos Guy Montag, um bombeiro que tem sua vida mudada após encontrar uma moça, Clarisse, esquisita para os padrões, mas feliz, de uma maneira diferente. Ela faz a pergunta que muda a vida dele:

- "Você é feliz?"

Além de Montag e Clarisse, o livro é repleto de personagens interessantes, Mildred, esposa de Montag, é praticamente o oposto de Clarisse (uma idéia ótima foi usarem a mesma atriz para as duas personagens na versão cinematográfica). E o interessante capitão Beatty, personagem que tem uma semelhança com o Administrador de Admirável Mundo Novo. Além deles temos outros tantos, como Faber e o sabujo.

Como é de se esperar o livro mostra a real importância do livro, mesmo num futuro com a "família", uma mídia interativa (o provável futuro da televisão) tendo controle sobre as informações que chegam aos espectadores. Fato muito bem explicado nas frases do capitão Beatty:
"Se você não quiser que se construa uma casa, esconda os pregos e a madeira. Se não quiser um homem politicamente infeliz, não lhe dê os dois lados de uma questão para resolver; dê-lhe apenas um. Melhor ainda, não lhe dê nenhum."

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