segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Escafandro e A Borboleta - Jean-Dominique Bauby


Livro: O Escafandro e A Borboleta - Le Scaphandre et le Papillon
Autor: Jean-Dominique Bauby
Tradutor: Ivone Castilho Benedetti
Editora: Martins Fontes
Ano: 1997
Nota: 5 crisálidas [1 a 5]

Sinopse da Editora: Em 8 de dezembro de 1995, um acidente vascular cerebral mergulhou brutalmente Jean-Dominique Bauby em coma profundo. Ao sair dele, todas as suas funções motoras estavam deterioradas. Em seu corpo inerte, só um olho se mexia. Esse olho - o esquerdo - é o vínculo que ele tem com o mundo, com os outros, com a vida.



“O Escafandro e A Borboleta” é um daqueles livros que apesar de seu brilho próprio as condições em que foi escrito o tornam uma estrela ofuscante com um luz impar, ao exemplo do “Diário de Anne Frank”.

“O Escafandro e A Borboleta” são as memória de Jean-Dominique Bauby, um bon-vivant, amante das artes, da boa gastronomia e carros esportivos. Redator chefe da revista de moda ELLE e com alguns livros publicados. No dia 8 de dezembro de 1995, aos 43 anos Jean-Dominique sofreu um acidente vascular, acordando 20 dias depois de um coma, descobrindo que perdera o movimento total do corpo, incluindo as cordas vocais, o que o impossibilitava de falar.

A única exceção a paralisia foi o olho direito, Bauby não conseguia fechar a pálpebra do olho esquerdo, portanto este foi costurado para evitar infecções. A despeito da imobilidade Jean-Dominique Bauby ainda possuía a plenitude de suas faculdades mentais. Essa rara condição médica é conhecida como: “Locked-in syndrome” ou em português, Síndrome do encarceramento.

A história de vida de Jean-Dominique Bauby poderia terminar ai, mas por intermédio de uma técnica desenvolvida por uma fonoaudióloga (Claude Mendibil), que consiste em se dizer o alfabeto em uma ordem especial, onde as letras são organizadas por ordem de frequência na língua (no caso de Bauby o francês), e a pessoa paralisada pisca os olhos na letra quando a letra que deseja escrever é pronunciada.
“O Escafandro e A Borboleta” foi inteiramente escrito, utilizando este método.

O livro é profundo e possui um lirismo mágico, mas para assimilá-lo em usa totalidade, recomendo que assistam também ao filme homônimo do diretor Julian Schnabel, aliás, sugiro que assistam primeiro ao filme e imediatamente leiam ao livro.


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