domingo, 29 de janeiro de 2012

A Peste - Albert Camus - [Resenha]

Livro: A Peste - La Peste
Autor: Albert Camus
Editora: Best Bolso
Lançado em: 1947
Nota: 3 Ratazanas [1 a 5]
Sinopse da editora: Romance que destaca a mudança na vida da cidade de Orã depois que ela é atingida por uma terrível peste, transmitida por ratos, que dizima sua população. É inegável a dimensão política deste livro, um dos mais lidos do pós-guerra, uma vez que a cidade assolada pela epidemia lembra a ocupação nazista na França durante a Segunda Guerra Mundial. A peste é uma obra de resistência em todos os sentidos da palavra. Narrado do ponto de vista de um médico envolvido nos esforços para conter a doença, o texto de Albert Camus ressalta a solidariedade, a solidão, a morte e outros temas fundamentais para a compreensão dos dilemas do homem moderno.

Este livro me foi recomendado pela Camila e assim como, em cavalo dado, não se olha os dentes, não parei para olhar a capa e nem refletir muito se iria ler ou não o livro, comecei a ler e pronto. Imagine a cidade que você mora atualmente sendo isolada do mundo por causa da peste, ninguém entra e ninguém sai. Imagine todos os moradores sendo tomados pelo medo da morte, saudade dos entes que ficaram de fora, pela tristeza dos dias intermináveis...
Neste ambiente febril as pessoas se comportam de maneiras diferentes e o livro trata exatamente de um relato das atividades que ocorreram em uma cidade tomada pela peste.
A trama de desenvolve de maneira bucólica e rebuscada, por vezes se demorando em detalhes menores e marcando o passar vagaroso e arrastado do tempo na cidade enclausurada.
O personagem que eu gostaria de saber se sobrevive ou não é um senhor de idade avançada que tinha como hobby atrair a atenção de gatos e escarrar nos mesmos, quando estes chegam perto o suficiente.
O livro fala sobre esperança, morte, saudade e me fez pensar o que é realmente importante de se ter na vida, de se guardar, de se perder tempo buscando. Como eu enfrentaria um isolamento sem tempo determinado para acabar, que hábitos continuariam, quais novos seriam criados?
Eu enlouqueceria de medo da doença ou seria uma alma caridosa que ajudaria os necessitados? Me isolaria mais ainda do mundo ou tentaria viver cada dia como se fosse o último?
Leia o livro [ou não] e comente aí, o que você faria?

Um comentário:

  1. Olá, eu também estou lendo esse livro, ainda não terminei. Mas já deu pra perceber que ele é bastante reflexivo, as mesmas perguntas que fizeste no final do post, também fiz e faço lendo o livro. Só em pensar o que esses concidadães passaram, ficou louca. E para pra pensar e se isso acontece nos nossos dias, como ficaríamos? Algumas partes do livro me deixam revoltada, como por exemplo, quando a peste esta instalada na cidade e a única preocupação é que nome dá a esta doença, não queriam admitir a PESTE, quando vários cidadães morriam. Parabéns pelo post, adorei :)

    ResponderExcluir