segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Y! O Último Homem

Já vou começar avisando que sou um fã de Brian K. Vaughan, o autor da série. Ele é simplemente o criador da melhor série produzida pela Marvel nos últimos anos, Fugitivos. Além de escrever o arco "O Juramento" do Doutor Estranho, possivelmente um dos melhores arcos atuais do mago da Marvel, e escreveu "Leões de Bagdá" outra ótima leitura, e ainda é roteirista de Lost, e escreveu também ... Bom, chega né?!

Sobre Y! O Último Homem, somente ontem tive a oportunidade de ler as 60 edições em ordem (obrigado Aris por acabar com a minha madrugada). E só posso dizer uma coisa: é genial.

Y! começa com a morte de todos os mamíferos machos no mundo, na verdade nem todos, por algum motivo Yorick e seu macaco Ampersand sobrevivem ao acontecimento. Não entrando em detalhes, ainda temos na história ótimos personagens, como a agente 355 e a doutora Mann, além de Hero, irmã de Yorick.

Como se pode notar pelos nomes, temos um incontável número de referências interessantes, por exemplo muito do carater de Yorick é tirado do fato de Yorick ser o nome do bobo da corte em Hamlet (a caveira segurada por Hamlet numa das cenas mais famosas é de Yorick, e essa cena, como não podia deixar de ser é referenciada em Y!). Hero, sua irmã por sua vez é uma relização fantástica da Hero de "Muito Barulho Por Nada", mas não ficamos só em Shakespeare, a doutora Mann é uma homenagem a Thomas Mann.

Mas não paramos por aí, temos ainda muito de "O Mágico de Oz", muitas referências a filmes, como por exemplo "Ajuste Final" dos irmãos Cohen, citações de Chinatown, entre outros clássico. E é claro não poderia faltar Star Wars que é homenageada da melhor forma em "Hero's Journey", onde o título por si só é interessante, ao citar a "Jornada do Herói" que é utilizada para contar a história de Hero (para quem não sabe a Jornada do Herói é usada como estrutura para o roteiro de Star Wars).

Claro que várias referências legais não fazem uma boa história por si só, então além disso temos várias discussões interessantes ao longo da jornada de Yorick, como a ética (clonagem, experiencias em humanos, etc), a necessidade da guerra (principalmente na figura da israelense que eu esqueci o nome), a fragilidade da sociedade (principalmente no começo), a importancia da arte (com o grupo de teatro) e vários outros.

No fim, mesmo com todas esses interessantes adicionais, o que é melhor em Y! O Último Homem é a história, mas essa eu não vou contar, mas fica a indicação para quem aprecia quadrinhos.

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