Livro: O Escafandro
e A Borboleta - Le Scaphandre et le Papillon
Autor: Jean-Dominique
Bauby
Tradutor: Ivone
Castilho Benedetti
Editora: Martins
Fontes
Ano: 1997
Nota: 5
crisálidas [1 a 5]
Sinopse da Editora:
Em 8 de dezembro de 1995, um acidente vascular cerebral mergulhou brutalmente
Jean-Dominique Bauby em coma profundo. Ao sair dele, todas as suas funções
motoras estavam deterioradas. Em seu corpo inerte, só um olho se mexia. Esse
olho - o esquerdo - é o vínculo que ele tem com o mundo, com os outros, com a
vida.
“O Escafandro e A Borboleta” é um daqueles livros que apesar
de seu brilho próprio as condições em que foi escrito o tornam uma estrela
ofuscante com um luz impar, ao exemplo do “Diário de Anne Frank”.
“O Escafandro e A Borboleta” são as memória de Jean-Dominique
Bauby, um bon-vivant, amante das artes, da boa gastronomia e carros esportivos.
Redator chefe da revista de moda ELLE e com alguns livros publicados. No dia 8 de
dezembro de 1995, aos 43 anos Jean-Dominique sofreu um acidente vascular,
acordando 20 dias depois de um coma, descobrindo que perdera o movimento total
do corpo, incluindo as cordas vocais, o que o impossibilitava de falar.
A única exceção a paralisia foi o olho direito, Bauby não
conseguia fechar a pálpebra do olho esquerdo, portanto este foi costurado para
evitar infecções. A despeito da imobilidade Jean-Dominique Bauby ainda possuía a
plenitude de suas faculdades mentais. Essa rara condição médica é conhecida como:
“Locked-in syndrome” ou em português,
Síndrome do encarceramento.
A história de vida de Jean-Dominique Bauby poderia terminar
ai, mas por intermédio de uma técnica desenvolvida por uma fonoaudióloga (Claude Mendibil),
que consiste em se dizer o alfabeto em uma ordem especial, onde as letras são
organizadas por ordem de frequência na língua (no caso de Bauby o francês), e a
pessoa paralisada pisca os olhos na letra quando a letra que deseja escrever é
pronunciada.
“O Escafandro e A Borboleta” foi inteiramente escrito,
utilizando este método.
O livro é profundo e possui um lirismo mágico, mas para
assimilá-lo em usa totalidade, recomendo que assistam também ao filme homônimo
do diretor Julian Schnabel, aliás, sugiro que assistam primeiro ao filme e
imediatamente leiam ao livro.